Este é o projeto do Centro de Dança Roseli Maidl El Ghezz, com uma área total de 6.403,93 m² distribuídos em 3 pavimentos, implantados em um terreno de 7.089,71 m². O terreno está situado na esquina da Avenida Gurucaia com a Avenida Juscelino Kubistchek.
O conceito de Centro de Dança é diferente do conceito de Escola de Dança, onde o Centro é destinado para a prática e o aperfeiçoamento da dança, e a Escola é para o aprendizado da dança.
Os espaços são amplos, com grandes dimensões e pé direito alto, com espaços abertos para convivência e espera. O Auditório comporta 514 pessoas, mas possui a mesma estrutura de palco e bastidores de um teatro de grande porte.
As salas de dança são grandes, com várias aberturas. Já que o conceito de vitrine para a rua não funciona, devido ao ruído excessivo e a distração causada pela passagem dos carros na rua, foi criada uma espécie de sacada com fechamento de cobogós, que tem a função de bloquear o ruído e os raios de sol excessivos, ainda permitindo ventilação e iluminação natural.
O terreno é arborizado, para haver uma continuação com o Parque do Ingá, e conta com uma praça na parte posterior, já que ficou claro na análise do terreno e do entorno que a comunidade necessita desse tipo de ambiente. E também é agradável para quem frequenta o Centro de Dança. A praça conta com um espelho d’água que dá a impressão de borda infinita, com um pequeno bosque para sentar e relaxar, um espaço com vegetação mais baixa, e uma área com circulação e playground, tudo sempre com muito verde.
O Café conta com um ambiente externo que conecta a edificação com a praça, criando um lugar agradável, e disponível para o público em geral, e não só para os frequentadores do Centro.
O uso do estacionamento no pavimento térreo foi intencional, devido ao vazio e os vãos que o estacionamento causa. Assim, o edifício fica mais leve, com a impressão de estar flutuando. A fachada também conta com um espelho d’água que ajuda na impressão do prédio flutuar, e adentra na recepção, humanizando e refrescando o ambiente.
Para a volumetria, foi utilizada uma hierarquia de funções, onde a torre de serviços é mais baixa, a torre do acesso principal é mais alta, e o volume do auditório é o mais alto da edificação e destacado com uma cor forte, devido a sua importância e a sua imponência.
A maior parte do volume do acesso principal é envidraçada do solo até a platibanda, para transmitir elegância e para se soltar do volume do teatro, que é quem merece maior atenção. Uma marquise com forma inusitada destaca o acesso ao público.